Ele, só ele e mais os dele

A responsabilidade de formar governo sempre foi atribuida a quem ganhou eleições", justificou o Presidente da República, após anunciar que já tinha indigitado o líder da coligação Portugal à Frente, Pedro Passos Coelho.

Na sua comunicação ao País, após ouvir os partidos com assento parlamentar, Cavaco Silva lamentou "profundamente" que os partidos do arco da governação, cujos programas de governo considerou "praticamente convergentes quanto aos objetivos estratégicos para Portugal", não tenham conseguido chegar a um entendimento e que, no processo negocial entre as várias forças políticas, "interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional".

( Quanto a isto, o que mais nos pode esperar? Se as pessoas são assim não há nada a fazer, o Sr. PR decidiu indigitar o Sr. Passos Coelho para PM, um PM que vai para o governo para cair, que a queda não seja grave, mas a teimosia e a antipatia pelos outros leva este Sr. a isto.

Vamos nos tempos próximos enfrentar incertezas de governação, as dúvidas ficam e as certezas também, primeiro está o orgulho das pessoas que o equilíbrio do país.

É sabido que este Sr. PR só olha para a cor política dele, foi eleito para ser o Presidente de todos os portugueses, mas pelos vistos isso caiu-lhe no esquecimento, o governo que ele acaba de indigitar é um governo minoritário e sem hipótese de legislar, então porquê tamanha teimosia? Só porque não quer três partidos de esquerda a governar? Afinal quem tem interesses conjunturais? Então que democracia é esta? Continuo dizendo, porque não experimentar? Uma vez que os tais tão sábios e democratas têm colocado o país no estado em que está?

Hoje, fico com dúvidas de que, se o poder lhes fosse absoluto se viveria-mos em democracia, pois tudo me parece que não, faz-me lembrar o passado, em que uma só pessoa pensava que era insubstituível e só as ideias dele contavam, e era, ele, só ele e mais os dele. )