Num discurso proferido esta sexta-feira em Sintra, na conferência
'Global Business Leaders & Alumni Forum Europe 2014', promovida pelo
INSEAD, Pires de Lima afirmou que "muito se fala do progresso que
Portugal fez para reduzir o défice" num período de recessão.
António Pires de Lima destacou o comportamento das exportações,
adiantando que é objectivo do Governo que atinjam os 50% do Produto
Interno Bruto nos próximos anos.
Pires de Lima defendeu que "Portugal é um bom sítio para fazer
negócios", argumentando que "as empresas que estão a operar em Portugal
estão a ganhar quota de mercado em todo o mundo e [que] esta foi a
mudança que ocorreu em Portugal nos últimos anos".
«Isto tudo, em teoria está tudo bem, agora na prática, e em português corrente, é que porca torce o rabo.
O Sr, Ministro por aquilo que tenho lido, é um homem optimista, fica-lhe muito bem esse sentimento, só por aquilo que vejo na prática, as coisa não são assim, e não vejo essas melhoras que o pregão do Sr. Ministro diz.
Então vejamos, o país está na mesma, como antes da entrada da Troika, só que antes não tinha a divida que tem agora, não tinha dinheiro mas também não tinha a divida.
O desemprego continua na mesma, ou senão maior, embora digam ao contrário, os bolsos dos portugueses estão mais vazios, a riqueza sentida pelas pessoas são todos os dias menos, mas estes senhores que auferem o poder estão todos muito optimistas.
Investir em Portugal, diz ele, no quê? Em quem? E como? Que excesso de confiança!
Diz também que, Portugal fez um esforço para reduzir o défice, mas esse esforço foi à custa de quem? Não diz o Sr. Ministro que foi à custa dos mais desprotegidos, dos reformados, dos FP, e dos trabalhadores em geral, e não com base no tal optimista de que a economia, e em particular as exportações, estão de vento em popa, não sei onde está isso? Está no optimismo dele e dos seus colegas de governo, e tudo não passa daí, da vontade só e nada mais.
Resumindo, são tudo palavras de governante, quem governa, e está no poder, diz sempre que tudo vai sobre rodas, mas quem sente a turbulência são os cidadãos que vêem as suas vidas cada vez mais e mais difíceis, por isso não mentem tanto e não nos enganem com teorias.»
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