Não há que imaginar, isto é natural


O melhor pão de França é feito, imagine-se, por uma família portuguesa. Ou seja, a melhor baguete de Paris deste ano saiu da padaria Aux Délices Du Palais, fundada por António Teixeira.

O pão é de facto um bom alimento, mas como português não me sinto nada orgulhoso de ouvir dizer que um determinado pão de grande qualidade é feito por portugueses, orgulhoso ficaria se ouvisse dizer que uma determinada tecnologia era criada e desenvolvida por portugueses, pão, é coisa que gosto muito mas não me dá orgulho absolutamente nenhum.
Dar releve a notícias destas penso eu que é sinónimo de subdesenvolvimento e de nos contentarmos com mediocridades, isto sem desprezo por todos aqueles que fabricam o alimento dos portugueses, o pão que Deus no dá.
Para quando desenvolver-mos as nossas mentes, e pensar-mos que nos tempos que correm não é com padarias e nem com padeiros ou coisas semelhantes que o nosso valor intelectual e tecnológico aparece sobre o mundo, e a tal notoriedade também não, mas antes com tecnologias, que me perdoem os que dão grande ênfase a mediocridades  e também a quem o bom pão o sabe fazer.
Sempre que um português emigra, ou aparece como padeiro ou como pedreiro, em momentos de realce, ou então, fazendo pasteis de nata, isto é só para o que servimos? há que mudar e deixar as mediocridades para outros, porque assim não passamos da cepa torta, e sempre vistos como um povo que apenas serve para aparecer no Guinness fazendo do melhor pão.

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