É necessário que os jovens em causa estejam inscritos nos centros de emprego?
Não necessariamente, daí também a dimensão do problema. Nós temos, em
números redondos, 280 mil jovens nestas circunstâncias [296 mil segundo
os dados mais recentes do INE]. Apenas cerca de metade estão registados
nos centros de emprego. Quanto ao resto do universo, o grande desafio
inicial é identificar: quem é? Onde está? Essencial para esse despiste é
a constituição de uma rede de parcerias que vão desde as relações
familiares, as relações de vizinhança, a proximidade com as autarquias, que conhecem as pessoas e podem motivá-las a procurar uma resposta.
Porque é que acha que metade dessas pessoas não estão inscritas no IEFP?
O IEFP enquanto serviço de emprego tem que melhorar a sua
atractivamente junto destas camadas da população. Tem que ser visto como
um aliado na procura activa de emprego e não aquilo que não é, um
elemento neutro que não atrasa nem adianta.
Eu explico:
« É isso mesmo, não atrasa nem adianta, a resposta é boa. Os jovens ou não jovens ao longo dos anos acabaram por ver que estar inscrito num centro de emprego ou não, não resolve coisa nenhuma, acabam por serem chateados com presenças periódicas e com perguntas do género, então ainda não arranjou nada? se não há uma coisa há outra, é preciso é fazer qualquer coisa, boas perguntas, e boas formas de resolução, não são?
Isto parece o jogo do gato e do rato, e é por estas razões que muitos do jovens não estão inscritos, e não só os jovens, alguns menos jovens também deixaram de lá estarem inscritos.
Quanto a mim aquela coisa funciona mal, sem princípios e sem gente habilitada para tais funções, sem conhecimentos do mercado de trabalho e sem conhecimento do mundo empresarial, e porquê? porque são funcionários públicos e apenas isso, o mundo exterior par eles e-lhes alheio, que me desculpem, mas esta é a realidade.
Instituições assim, servem apenas para a estatística e nada mais, contudo custa-nos muito dinheiro e sem resultados práticos. »
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