Edward Snowden diz. Os meios de vigilância de hoje não têm nada a ver com os do livro de
Orwell. “Temos sensores nos nossos bolsos que nos acompanham por todo o
lado onde vamos. Pensem no que isso quer dizer para a privacidade da
pessoa comum.”
Dizer-se que no antigamente é que era bom é um facto, pelo menos nesta matéria de privacidade e de liberdade, o que Snowden diz é uma verdade nos dias de hoje.
Vamos ver, eu ainda sou do tempo em que não havia nº. de contribuinte, ninguém sabia quanto era o nosso vencimento para além do nosso patrão, não o declarava-mos a ninguém, onde morava-mos, eram poucos os que sabiam, como encontrar-nos era difícil, etc, etc.
Hoje, se conduzimos uma viatura nossa, é o mesmo que dizer que andamos com o BI às costas, temos a tal chapa de matricula da viatura que em segundos sabem logo quem somos, não damos um passo que não tenha-mos que dar toda a nossa identificação, se estamos num simples super-mercado estamos cheios de câmaras que nos filmam, e noutros estabelecimentos, idem, afinal que privacidade é esta? e que liberdade?
Quem é que não sabe sobre a nossa vida? a quem é que isto interessa? a alguém com certeza.
Por este andar e como diz o Snowden, não só vamos ter os sensores nos bolsos, como muito provavelmente também entre a nossa derme e a epiderme, para que o controlo seja mais fiel, penso eu que para lá caminhamos, e pergunto mais uma vez, a quem interessa isto?
Por isso eu hoje digo! fala-se tanto em privacidade e liberdade, e pergunto, onde estão elas? quem souber que responda.
Mas fico com a convicção, privacidade e liberdade, haviam sim, mas no tempo dos nossos avós, hoje são um mito.
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