Sair do euro, que custos e que benefícios?

“Ninguém se admiraria se Portugal saísse do euro” O economista considera que a saída de Portugal da moeda única não seria recebida com espanto pelos investidores.
Na conferência “Portugal Europeu, e agora?”, organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, João Ferreira do Amaral defendeu aquilo que já vem defendendo desde a década de 90: Portugal deve abandonar a Zona Euro, escapando a um ciclo de recessão. As dificuldades são muitas mas, para o professor do ISEG, a alternativa é pior.
 “Queremos um país falhado, “à grega”, permanentemente de mão estendida?
Mantermo-nos na Zona Euro significa 30 anos de protectorado”, afirmou sábado à tarde. “É difícil a negociação? Dificílima. É difícil a saída? Dificílima.”
 E a alternativa é “ficar dependente da caridade da Europa”. “Portugal vai ficar numa situação que não tem saída. Portugal não tem solução na Zona Euro. Ficaria com um crescimento muito baixo, vários anos de recessão, desemprego elevado…”
 João Ferreira do Amaral, que participava com José Pena do Amaral – que apresentou uma visão contrária do tema – argumentou que a credibilidade de um país não tem de ser dramaticamente afectada com a saída da união monetária.
 “A saída do euro é possível. Ninguém se admiraria se Portugal saísse do euro. Não é como se ninguém tivesse pensado já nisso. Toda a gente sabe que Portugal, tal como a Grécia, não tem condições para estar no euro”, acrescentou.

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