A moda de frequentar a praia já lá vem de tempos antigos, mas acho que actualmente esta se transformou numa quase obrigação ou talvez numa outra coisa que para mim é esquisito.
Sou natural daquela que é uma das mais belas praias de Portugal e talvez da Europa, acho-a bonita, mas no passado era muito mais, hoje é um areal um pouco inóspito mas ainda há quem o admire e se desloque de muitas centenas de kilómetros para o apreciar e nele se espojar, mas quando o tempo está de mercê tudo bem, mas quando esse tempo mais parece outono ou até mesmo inverno, digo só para mim, esta gente não passa de um grupo de saloios, e porquê que penso assim, porque para a praia vamos quando está calor e água tépida, vamos para nos refrescar, agora ir de cobertor e nele enrolados é que não.
Foi o que eu vi hoje aqui por este Algarve, e nesta praia, por isso lhes chamo de saloios bem à portuguesa.
Ver o mar também é bastante agradável, e quem não o tem ao pé da porta ainda mais agradável se torna, mar com tanta saloiice não! mas a moda com que esta gente sonha é assim, e eu pergunto mais uma vez, onde está a crise? neste Algarve não faltou gente, porquê? já me lembro, houve greve na sexta.feira passada, está bem, depois vem o sábado, o domingo e logo a seguir o dia de Portugal, mas gozar o tão merecido dia de Portugal enrolado em cobertores é que não, saloios.........
No fim da festa é o regresso à cidade, vila ou aldeia de origem, para trás fica o prazer do espojo, os pezinhos bem lavados nas águas ainda um tanto ou quanto geladas derivado à actuais origens dos vetos que por estas bandas se fazem sentir, (quadrante norte), o que para saloios não quer dizer muito.
Mas dentro de mais uns dias começam as tão requintadas férias, e para onde vamos? Algarve que está na moda, é fino falar e dizer que vou de férias para o Alarve, mas como algarvio e com muito orgulho, lembro-me quando este pequeno rectângulo estava ao desprezo e quase nenhum destes saloios o conhecia, nem o reconheciam como parte integrante do vosso Portugal. Um bem aja, voltem sempre, mesmo enrolados em cobertores são sempre bem vindos.
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