FMI incentiva Finanças a cobrarem mais impostos O Governo deve alargar a base de incidência dos impostos para aumentar a receita cobrada e, em simultâneo, reduzir impostos sobre as empresas, designadamente o IRC (imposto sobre os lucros), defende o Fundo Monetário Internacional (FMI).
No
comunicado enviado ontem próximo da meia-noite para as redações, Nemat
Shafik, vice-diretor geral do FMI, acolhe positivamente o programa de
revisão da despesa pública que está a ser elaborado, mas diz que só isso
não chega e incentiva o Fisco a cobrar mais receita de impostos.
"Os
objetivos orçamentais continuam a ser os apropriados desde que os
desenvolvimentos económicos decorram como o esperado. No entanto, é
necessário um debate público sobre como repartir melhor o fardo do
ajustamento significativo que é necessário ainda fazer", refere o número
dois de Christine Lagarde.
E continua: "Dada a carga fiscal já de
si elevada, apoiamos a revisão da despesa com o objetivo de
reequilibrar o mix do ajustamento". Mas "indo mais além, uma base
tributável mais ampla e um fortalecimento do cumprimento [no pagamento
dos impostos] ajudarão a criar espaço de manobra para reduzir taxas de
imposto sobre o rendimento, particularmente o imposto sobre o rendimento
das empresas [IRC], com vista a dinamizar o investimento e a
competitividade".
"Mais além" sinaliza que se tratam já de
recomendações de médio e longo prazo, para o período "pós-troika", que
se inicia no princípio do segundo semestre de 2014, como ontem referiu o
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Fonte: Dinheiro Vivo
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