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Escândalo no PP envolve Rajoy O Partido Popular espanhol preencheu durante os últimos anos uma série de cadernos secretos onde se detalhava entradas e saídas de dinheiro. Os manuscritos chegaram às mãos do diário El País, que hoje denuncia os milhares de euros entregues a líderes e militantes do partido desde 1990.

Nestes cadernos, os tesoureiros, Álvaro Lapuerta e Luis Bárcenas detalhavam donativos de empresários, pagamentos a jornais e a membros do partido. Nesta contabilidade secreta existem três divisões: uma ficha com as transações por origem e quantidade, outra com os pagamentos por destinatário e um último com o saldo final depois dos movimentos. Todos os anos, o partido conseguia ainda fazer depósitos no Banco de Vitória, agora absorvido pelo Banesto. Como só esta parte era amealhada, como donativo, o jornal espanhol sugere que pode estar em causa um financiamento irregular no PP, uma vez que não se declarava tudo o que se recebia.

Nas anotações que vão de 1990 a 2008, o Partido entregou somas avultadas ao núcleo duro do PP. Entre eles estão José María Aznar (J.M) ou Mariano Rajoy (M.Rajoy ou Mariano R.). Em 1990 as fichas correspondem apenas a J.M, mas a partir de 1997, os manuscritos revelam uma mecânica periódica de pagamentos a secretários-gerais e vice-secretários do partido. Começam a surgir nomes como o atual primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, o antigo líder do Bankia Rodrigo Rato, entre muitos outros segundos cargos do partido.

O primeiro montante entregue a Rajoy surge como pagamento semestral de 2 milhões de pesetas ou trimestrais de um milhão de pesetas a partir de 2002 (equivalente a 12.600 euros semestrais e 6300 trimestrais). Anualmente o montante mantinha-se: 25.200 euros, que se prolongam até ao ano de 2008. À semelhança de Rajoy, também dois outros nomes – Ángel Acebes e Jaime Mayor Oreja – recebem 6.300 euros trimestrais. Maior é o valor obtido pelo vice-secretário Rodrigo Rato 6850 euros por trimestre ou Álvarez-Cascos com 9900 euros trimestrais. Fonte: Dinheiro Vivo

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