O efeito da governação



Uma semana depois do anúncio de mais austeridade e depois de Portas revelar as suas divergências, o PSD surge a cair a pique nas intenções de voto dos portugueses. Os sociais-democratas perderam 12 pontos percentuais face a junho e recebem o apoio de 24% dos eleitores, o mesmo que PCP e BE juntos, de acordo com uma sondagem da Universidade Católica para o DN, JN, Antena 1 e RTP hoje publicada.

A penalização eleitoral do PSD não é partilhada pelo parceiro de coligação, o CDS, que, em relação ao começo do verão, até sobe um ponto percentual, para os 7%, mas também não é aproveitada pelos socialistas que caem também eles dois pontos nas estimativas de resultados. Devido à queda do PSD,o PS, mesmo perdendo intenções de votos (dois pontos percentuais), passa para a frente (com 31%).
Quem mais ganha com a descida do partido de Passos Coelho são os partidos anti memorando da troika. O Partido Comunista sobe de 9% para 13%, enquanto que o Bloco de Esquerda - que está a discutir a sucessão de Francisco Louçã - sobe dos mesmos 9% para 11%.
Ao mesmo tempo disparam o número de votos bancos e nulos. A percentagem de eleitores que admite votar dessa forma passou de 4% em junho para 11% - mais do que os que dizem que vão votar no CDS. Não há, nos últimos anos, uma sondagem com uma percentagem tão elevada.
23% dos inquiridos respondeu que de certeza que não iria votar ou que não tenciona ir votar, enquanto que quase um em cada quatro disse não saber em qual partido votaria
Fonte:  DN

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