10/08/2012

Só agora o diz? ela também lá estava! roupa suja


A ex-dirigente comunista Zita Seabra revelou à SIC Notícias, na noite de quarta-feira, que a Fábrica Nacional de Ar Condicionado (FNAC) do “barão vermelho” (por ser comunista e benfiquista) Alexandre Alves, serviu de apoio ao PCP numa operação de espionagem ao governo, durante os anos 80.
Segundo a editora e ex-deputada do PSD, a FNAC era “uma empresa estratégica” e “simpática” para o PCP. Era financiada pela então RDA (República Democrática da Alemanha), não por fabricar ares condicionados, mas por instalar microfones em gabinetes do governo, já que os funcionários tinham acesso facilitado aos mesmos. Contudo, acrescentou que não podia afirmar que tinha conhecimento de que estavam escutas em qualquer ar condicionado. “Só posso dizer que era uma empresa estratégica para o PCP e para a RDA", esclareceu.
As suspeitas lançadas por Zita Seabra dizem respeito a um período de efervescência política, e a FNAC operou precisamente nessa altura – entre 1978 e 1994 -, passando por uma série de governos, como é o caso do de Carlos Monteiro, Maria de Lurdes Pintasilgo, Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Mário Soares.
O PCP voltou a irritar-se com a ex comunista. Segundo esta fracção política, Zita Seabra é persona non grata no partido. “As afirmações dessa pessoa, nesta como noutras matérias, não merecem qualquer crédito ou comentário”, respondeu o PCP aos diversos órgãos de comunicação que o contactaram.
Por sua vez, Alexandre Alves, que já tinha esta semana sido notícia, depois de o governo ter suspendido o apoio do QREN ao seu projecto de uma fábrica de painéis solares em Abrantes, respondeu que a história “é absurdamente falsa” e uma “invenção”. Além disso, disse que a FNAC apenas fabricava e vendia aparelhos de ar condicionado, mas não os instalava.
 Posto as declarações de Zita Seabra, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já prometeu averiguar os factos.
Fonte:  iOnline

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