Austeridade até 2020, na actual conjuntura 2020 é muito pouco


A política de austeridade britânica poderá prolongar-se além de 2020, mas uma baixa de impostos destinada a relançar a economia não está excluída, afirmou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em entrevista ao Daily Telegraph.
Questionado sobre se o programa de austeridade, lançado em 2010, duraria uma década, o primeiro-ministro britânico disse não conseguir prever quando «as escolhas difíceis de cortes da despesa acabarão».
«É um período em que todos os países, não só na Europa, mas creio que também na América, deverão resolver os seus défices e ter dívidas sustentáveis», disse em declarações hoje publicadas pelo Daily Telegraph.
Cameron acrescentou que não lhe parece que a «pressão termine em breve».
Dados divulgados na quarta-feira revelam que a taxa de desemprego no Reino Unido caiu para 8,1 por cento em Maio face aos 8,2 por cento em Abril, como efeito das contratações temporárias relacionadas com a organização dos Jogos Olímpicos em Londres, este verão.
A inflação no Reino Unido caiu em Junho para 2,5 por cento, o nível mais baixo desde 2009, na sequência da decisão do Banco de Inglaterra de injectar novamente 50 mil milhões de libras (62 mil milhões de euros) na economia em recessão.
Mas Cameron alerta que a situação é «bem mais delicada do que os analistas prevêem».
O Governo britânico implementou um programa de austeridade de cinco anos em 2010, mas o ministro das Finanças, George Osbome, foi forçado a prolongá-lo até 2017.
Apesar da situação económica do país, David Cameron insiste que será considerado um corte de impostos para relançar a economia.
«Podemos adoptar medidas excitantes, radicais e conservadoras ao mesmo tempo em que temos escolhas orçamentais difíceis», disse ao Daily Telegraph.
Fonte:  Sol

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