O presidente do maior fundo de investimento mundial antecipou hoje que Portugal irá pedir um segundo pacote de ajuda e considerou que o país corre o risco de seguir o destino da Grécia.
"Infelizmente será assim", disse, em entrevista ao semanário alemão Der Spiegel, Mohamed El-Erian, presidente executivo da Pacific Investment Management Co. (PIMCO), que administra um capital de 1,3 biliões de dólares e tem uma grande influência nos mercados financeiros internacionais.
El Erian, que foi técnico do Fundo Monetário Internacional durante 15 anos, antecipa que o primeiro resgate não será suficiente e que Lisboa irá pedir um segundo pacote de ajuda aos parceiros europeus, o que levará ao "nervosismo dos mercados financeiros".
Considera ainda que a situação geral provocada pela crise da dívida "é dramática" e acusa os governos de estarem a fazer "má política, tanto nos Estados Unidos como na zona do euro".
O chefe do maior fundo de obrigações do mundo alerta ainda que está em risco a credibilidade dos bancos centrais, que só servem de pontes para outras instituições estatais, que realizam o trabalho real.
El Erian considera que as medidas tomadas para enfrentar a crise orçamental e da dívida externa parecem estar a funcionar em Itália e Espanha, enquanto a Grécia se pode considerar um caso perdido.
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