Uma equipa de cientistas conseguiu transformar o registo sísmico numa sequência de áudio onde se pode ouvir o incrível som do abalo das entranhas do planeta. O sismo foi há um ano e provocou um tsunami que matou 15 mil pessoas.
Uma equipa de cientistas conseguiu transformar as ondas sísmicas do terramoto que há um ano atingiu o Japão em sequências de áudio que se podem ouvir. O sismo ocorreu a 11 de Março (fará um ano no domingo) e tinha magnitude 9, sendo o quarto mais intenso de que há registos no planeta desde 1900. Também causou um tsunami que matou mais de 15 mil pessoas, provocando um perigoso acidente nuclear na central de Fucoxima.
Conhecido na comunidade científica como sismo de Tohoku-Oki, este fenómeno foi medido e estudado ao pormenor. O trabalho agora publicado na revista especializada Seismological Research Letters por Zhigang Peng, do Instituto de Ciências Atmosférias da Geórgia, nos EUA, permitiu combinar a informação e obter um registo em sons que ajuda a explicar o fenómeno geológico. O espetacular resultado é sobretudo didático e pode ser ouvido aqui.
Distinguem-se claramente o sismo e as diferentes réplicas que se lhe seguiram. O registo está acelerado cem vezes. A técnica utilizada pelos cientistas consistiu em reproduzir os sons a uma velocidade superior à real, o que aumentou a sua frequência para níveis compreensíveis para o ouvido humano.
Além de facilitar a compreensão do sismo pelo público, o estudo tem uma vantagem adicional: este tipo de registo permitirá compreender melhor a informação sísmica em futuros eventos e fazer comparações internacionais.
Um ano depois, os efeitos do terramoto de Tohoku-Oki ainda se fazem sentir. O acidente de Fucoxima obrigou o Japão a repensar a produção de energia elétrica de origem nuclear e muitas das pessoas evacuadas da zona não querem regressar ao local.
Retirado de DN
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