As próximas vitimas (Portugal Espanha)


O secretário geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), Angel Gurria, alertou hoje contra «falsas esperanças» quanto à superação da crise na eurozona, sublinhando que Portugal e Espanha «podem ser as próximas vítimas» dos mercados.
Mesmo depois da reestruturação da dívida grega, «s países do euro ainda não ultrapassaram os seus problemas e Espanha e Portugal podem ser as próximas vítimas dos mercados financeiros» disse Gurria ao jornal de economia helvético Handelszeitung.
Para o secretário-geral da OCDE, «icou claro»que os mercados financeiros atacam os países mais fracos da moeda única e, por isso, recomenda que se erga «a barreira de todas as barreiras» contra eventuais tentativas dos especuladores, aumentando o plafond do futuro Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE).
«Tem de se criar um fundo de estabilidade com pelo menos um bilião de euros e os países da União Europeia não devem esperar mais tempo, porque os mercados financeiros aproveitam as hesitações e a insegurança», alertou Gurria.
Uma firewall de tal dimensão seria, na opinião do chefe da OCDE, «uma mensagem clara aos mercados financeiros e ao Mundo e atenuaria o risco de mais contágios».
O MEE, que entrará em vigor em julho, deverá dispor de um capital de 500 mil milhões de euros para ajudar países da moeda única em dificuldades financeiras.
Muitos países europeus consideram, no entanto, a referida verba insuficiente e tanto o Banco Central Europeu como o FMI já recomendaram o respetivo reforço.
A Alemanha tem-se oposto, no entanto, a um aumento da verba prevista, embora ultimamente tenha dado sinais de poder aceitar uma solução baseada na conjugação entre o MEE e o atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), que também serviu para o resgate de 78 mil milhões de euros a Portugal, em maio de 2011.
O porta-voz do executivo de Angela Merkel lembrou que a questão de um eventual aumento do plafond do MEE será reavaliada no final da próxima semana, na reunião do Eurogrupo, e não excluiu alterações.
«Para já, não vemos necessidade de aumentar o plafond, mas examinaremos a situação e se for preciso reagiremos», disse Steffen Seibert.
Retirado de:  Sol

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