O prémio Nobel da Economia Paul Krugman diz que há uma probabilidade considerável de Portugal permanecer na zona euro, mas avisa que os salários no país têm de descer face à Alemanha.
Paul Krugman, que está hoje em Lisboa para receber o doutoramento honoris causa por três universidades (a de Lisboa, a Técnica e a Nova), repetiu as suas duras críticas à via da austeridade que tem sido seguida pelos líderes políticos europeus para combater a crise da dívida.
Em conferência de imprensa antes da cerimónia, o prémio Nobel da Economia em 2008 afirmou que a situação de Portugal não é tão má como a da Grécia: enquanto Atenas “vai cair e muito provavelmente sair do euro”, Portugal tem 75% de probabilidade de permanecer na moeda única.
“Não antevejo uma catástrofe”, afirmou Paul Krugman, acrescentando que a permanência de Portugal no euro “depende muito de como as coisas evoluírem nos próximos dois ou três anos”. O economista norte-americano admitiu que “é terrível” ser chefe de Estado de um país pequeno da zona euro, como Portugal. “É como ser governador de um Estado norte-americano, tem-se muito pouco controlo sobre o seu destino”.
Questionado pelos jornalistas sobre se Portugal está mais próximo da Irlanda do que da Grécia, Paul Krugman fez questão de sublinhar que o caso irlandês não é um sucesso, nem em termos de crescimento, nem nos mercados. “Não queiram ser a Irlanda”, aconselhou.
O prémio Nobel repetiu a recomendação que tinha feito logo no início da crise da dívida, em Maio de 2010, quando disse que países como Portugal, a Grécia ou a Espanha teriam de fazer os seus salários cair 20 a 30% em relação à Alemanha.
“Não é agradável, mas é o que tem de acontecer”, afirmou, dizendo que seria preferível subir os salários dos alemães – de modo a estimular o consumo no país e, consequentemente, as outras economias do euro – do que descer os vencimentos nacionais. “Mas, em última instância”, admitiu, “vai ter de ser à custa dos salários dos portugueses”.
Questionado por que é que tomava a Alemanha como referência, uma vez que a maior economia europeia não é um dos concorrentes directos de Portugal no mercado internacional, Krugman defendeu que a referência deve ser o “núcleo central da zona euro” e não a China. “Portugal não precisa de baixar os salários para o nível dos chineses”, afirmou.
Em conferência de imprensa antes da cerimónia, o prémio Nobel da Economia em 2008 afirmou que a situação de Portugal não é tão má como a da Grécia: enquanto Atenas “vai cair e muito provavelmente sair do euro”, Portugal tem 75% de probabilidade de permanecer na moeda única.
“Não antevejo uma catástrofe”, afirmou Paul Krugman, acrescentando que a permanência de Portugal no euro “depende muito de como as coisas evoluírem nos próximos dois ou três anos”. O economista norte-americano admitiu que “é terrível” ser chefe de Estado de um país pequeno da zona euro, como Portugal. “É como ser governador de um Estado norte-americano, tem-se muito pouco controlo sobre o seu destino”.
Questionado pelos jornalistas sobre se Portugal está mais próximo da Irlanda do que da Grécia, Paul Krugman fez questão de sublinhar que o caso irlandês não é um sucesso, nem em termos de crescimento, nem nos mercados. “Não queiram ser a Irlanda”, aconselhou.
O prémio Nobel repetiu a recomendação que tinha feito logo no início da crise da dívida, em Maio de 2010, quando disse que países como Portugal, a Grécia ou a Espanha teriam de fazer os seus salários cair 20 a 30% em relação à Alemanha.
“Não é agradável, mas é o que tem de acontecer”, afirmou, dizendo que seria preferível subir os salários dos alemães – de modo a estimular o consumo no país e, consequentemente, as outras economias do euro – do que descer os vencimentos nacionais. “Mas, em última instância”, admitiu, “vai ter de ser à custa dos salários dos portugueses”.
Questionado por que é que tomava a Alemanha como referência, uma vez que a maior economia europeia não é um dos concorrentes directos de Portugal no mercado internacional, Krugman defendeu que a referência deve ser o “núcleo central da zona euro” e não a China. “Portugal não precisa de baixar os salários para o nível dos chineses”, afirmou.
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