Batalha Reis disse, e eu também acho que sim!


Jaime Batalha Reis sublinhou o carácter apaixonado assumido pelas lutas em torno da questão do trabalho colonial e tropical. Insistiu, também, no facto de tais lutas serem produto de uma ausência de estudos científicos sobre a questão, sobretudo de investigações orientadas numa perspetiva comparada. Diga-se, de passagem, que as suas posições anteriores tinham sido de reserva em relação ao abolicionismo. Isto é, defendera argumentos de emancipação, mas considerou-os sempre no quadro de uma progressão lenta, uma vez que considerava não estarem os africanos ainda preparados para se governarem a si próprios e deixarem de ser tutelados.

Batalha Reis disse e eu também concorde, e disse-o naquela época, mas nos dias de hoje a situação não lhes é muito mais favorável, todos já se governam a si próprios, mas de que maneira eles se governam? Acho eu e é verdade, muito mal, porque são dependentes de todas as tecnologias, dependentes do mercado exterior para tudo, nas suas mentes ainda está presente a mentalidade indígena africana, aquela onde o subdesenvolvimento perdura e muito, os seus costumes são ainda e muito medievais, hábitos ainda muito pré primatas e aspecto grosseiro.
Muitos já possuem alguma escolaridade, mas a sua forma de pensar, idealizar, e criar algo ainda está muito longe do primata branco, dos quais eles, os africanos, continuam a depender, e muito dificilmente perderão essa dependência.
Como seria aquele continente que até é  belo e rico na sua natureza se ficassem dependentes só e apenas de si mesmos neste mundo? Sobreviveriam? Sim! Sobreviviam! Mas penso eu mais uma vez que recuavam no tempo, e não num tempo curto, mas algumas centenas de anos com certeza.
Não foi só Batalha Reis que defendeu essa ideia, Salazar disse-o várias vezes, e temos visto e confirmado que é verdade, porque muitos dos países africanos com 60 e mais anos de independência continuam sem rumo, lutam entre si, sem causas, não com pedras e flechas, mas com as armas que eles tanto gostam e que não as sabem fabricar, são as tecnologias que para eles ainda continuam a ser uma luz ainda muito longínqua e difícil de lá conseguirem chegar, vivem hoje os povos africanos como eles dizem livres e independentes? Não! Os seus gestores, esses sim, esses vivem, mas onde instalam os seus dinheiros? Lá está no mundo do primata desenvolvido, e qual a razão? A razão é porque eles próprias reconhecem que estão ainda muito e mesmo muito longe da sua independência total, vivem apenas um independência virtual.

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