E onde estão os subsídios de risco?


Acidentes de trabalho matam 136 pessoas num ano Todos os dias, há um português que sai para trabalhar e não regressa a casa por ter sido vítima de um acidente mortal ou grave no emprego. Os sinistros, quase fotocópia uns dos outros, repetem-se ano após ano. Apesar da definição da estratégia nacional para reduzir a sinistralidade em 30% até 2020, das campanhas de prevenção e da informação cada vez mais disponível, o número de acidentes de trabalho fatais manteve-se praticamente inalterado nos últimos três anos.

Posto isto isto, fico indignado quando oiço por aí muitos senhores a reclamarem subsídios de risco para as profissões que desempenham, e desses até já tenho ouvido alguns que o que fazem é estarem sentados junto a uma secretários ou algo semelhante, mas nunca ouvi dizer que alguém com esses ofícios tenha morrido por acidente de trabalho, mas o que é um facto de verdade é que alguns conseguem o tal subsídio.
Segundo esta notícia, neste ultimo ano morreram 136 pessoas em acidentes de trabalho, onde a construção civil está no topo da classificação, mas eles não têm subsídios de risco, nem  nunca os ouvi reclamarem por tal, como os pescadores, os camionistas, e outras tantas profissões que por aí andam que não só se pode morrer como as doenças laborais são um facto para o futuro dessas pessoas.
Os tais sentados à secretária e outros similares fartam-se de reclamar reformas para mais cedo, subsídios de risco etc. e muitas vezes conseguem, como conseguirem? Basta para isso terem nascido num país onde só e apenas dá valor ao trabalho supérfluo, ao trabalho burocrático, ao trabalho de gravata e de unhas envernizadas, o tal, o velho empregado de escritório, como se dizia no passado e se mandava a filha casar e arranjar um namorado empregado de escritório, esses é que são os homens de produção e os que trabalham para manter um país de pé, por isso muitos têm o tal subsídio.
Em Portugal se queres parecer e ser um homem arranja um trabalho onde não entre o fato de macaco, mas sim a camisa branca e a gravata, por essa e outras razões temos um país de topo, de topo de miséria, que mentalidades de merda a deste país, onde os que trabalham não têm direitos, não têm subsídio de risco, não são bem vistos e muitas vezes marginalizados pela sociedade, só porque vestem de fato de macaco, e por isso são os tais cidadãos de 2ª e muitas vezes de 3ª e sem direitos, só têm um direito apenas, que é, estarem sujeitos ao riso de morte ou de doença.

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