Portugal está rico com estas receitas


 Quem não vive desta pseudo-economia está desejando de a ver pelas costas, e isto é o que se passa naquela região que muitos dizem ser a rainha do turismo português, o Algarve.
 Neste Algarve que em tempos foi de facto a capital do turismo português, havia sim turismo, e de qualidade, hoje o que há e com ressalva de um ou dois sítios, existe um aglomerado de gente sem qualidade que ocupam e fazem o tal turismo de praia, ou seja turismo sem qualidade que só serve para importunar aqueles que por cá nasceram e por cá vivem.
 E o que é que eles ocupam? Ocupam apartamentos particulares e outros que muita das vezes não estão legalizados para turismo, estando muita das vezes as verdadeiras instalações que foram feitas para o turismo vazias ou quase.
 Neste Algarve não se faz turismo, turismo não é feito por pessoas que pedem uma sopa para dois e se servem dos supermercados como se na terra deles estivessem, turismo faz-se comendo e dormindo em hotéis, visitando aquilo que não se conhece ou se gosta, e em primeiro lugar gastando dinheiro e com isso fazer crescer a economia local, coisa que não se passa neste Algarve, excepto nalgumas infraestruturas com qualidade que por cá existem, mas são poucas, e são poucas porque os responsáveis que desde há algumas décadas têm desgovernado esta região assim o quiseram, quiseram um turismo de massas, um turismo de gente que não gasta dinheiro, em resumo um turismo miserável que só serve para nos incomodar e nos trazer uma má qualidade de vida durante os três meses de verão.
 Mas as estatísticas alvitram que Portugal é o 4º país da UE com mais receitas de turismo, eu gostava mais que Portugal fosse o 4º país das UE com mais receitas baseadas noutra economia que não nesta economia da treta que é o turismo de praia que por aqui se faz, e feito ainda por cima por tugas de chinelo e t shirt na sua esmagadora maioria, só quem os vê, é de fugir.
 Os  mais abastados desde há muito que não param por estas paragens, porque a qualidade se perdeu em todas as vertentes, humanas e materiais.
 Que nos deixem dormir e viver com qualidade, ainda me lembro quando este Algarve era visto por estes que agora não nos largam como o tal Marrocos, e ainda hoje o dizem, só quem infelizmente é obrigado a ouvi-los, já perderam outras paragens, resta-lhes o reino dos Algarves.
 Deste turismo e como algarvio não gosto e detesto, preferia o turismo dos anos 60 do século passado, isso sim era turismo, as senhoras de vestidos de noite, e os cavalheiros de fato e gravata, gastavam dinheiro, era um prazer estar com eles, os seus perfumes eram admirados e bem cheirosos, hoje o cheiro é de chinelo de plástico e de sovaco. Bom turismo este!

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